Diários do Nosso Amor - 8. Diário de Draco

Esta noite não dormi absolutamente nada. Passei toda a noite com sonhos ridículos, ok, eram sonhos completamente pornográficos que me fizeram tomar dois banhos gelados a meio da noite. E o pior não foram os sonhos (porque esses até foram bastante bons) mas sim a pessoa com que sonhei. Adivinhem lá… Claro, a Granger. Também depois de ter visto as imagens do sonho que ela teve comigo e ainda para mais depois de a ter beijado e sentido a sua pele macia eu queria o quê? Dormir tranquilamente? É claro que não ia conseguir.

Tenho de admitir que aquela gryffindorzinha me deixa fora de mim desde o início deste ano, o que é um grande problema porque ainda só voltei para esta maldita escola há dois dias e já não paro de pensar nela e pior sonhar com ela. E o mais estranho é que somente este ano a olhei com olhos de ver e, vendo bem, isso não me surpreende porque afinal há dois anos atrás estava bastante ocupado com o estúpido plano de matar Dumbledore (ainda nem acredito que eu tentei mesmo matar o velho) e o ano passado praticamente não a vi, a não ser mesmo no final quando ela e os dois amiguinhos me salvaram duma sala a arder (mas eles que nem pensem que vou agradecer porque isso está completamente fora de questão).

Bem… E agora é melhor eu ir para as aulas porque logo à noite tenho de ter cuidado durante o castigo não vá eu fazer mais alguma estupidez do tipo beijar a Granger (e com os sonhos que ando a ter não sei se ficaria só por aí).

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Draco fechou o caderno colocando-o dentro do saco e em seguida saiu em direcção à aula de Transfiguração pois não estava com fome. Caminhou lentamente pelo corredor até parar em frente à sala. O corredor estava vazio pois todos os alunos ainda estavam no salão principal a comer. Ele encostou-se à parede fechando os olhos e aproveitando aquele silêncio tranquilo mas logo o silêncio foi quebrado por passos ao longe. Draco deixou-se ficar naquela mesma posição, não importava quem viesse.

O silêncio voltou ao corredor mas Draco sentiu como se mais alguém estivesse ali perto. Abriu os olhos devagar e deparou-se com Hermione do outro lado do corredor a ler um livro. Não resistiu a ficar mais alguns segundos a olha-la. Ela parecia estar completamente concentrada no livro mas de repente levantou o olhar fazendo-os olharem-se fixamente, sem conseguirem desviar.

Draco sentiu o seu coração acelerar apenas com aquele olhar dela mas tentou mostrar-se indiferente. Ficaram mais alguns segundos com o olhar preso um no outro até que o ruído de várias pessoas a aproximarem-se fez com que eles saíssem dos seus transes.

A porta da sala abriu-se e McGonagall mandou que os alunos entrassem e se sentassem com as suas duplas. Draco e Hermione sem mais alternativas sentaram-se no fundo da sala. Não trocaram uma única palavra a aula toda mas não perdiam uma oportunidade de olharem subtilmente um para o outro. Para Draco parecia que a aula nunca mais terminava mas ao final de uma hora a campainha de saída tocou e ele levantou-se rapidamente tentando afastar-se de Hermione antes que fizesse alguma loucura.

O resto do dia passou da mesma forma para Draco, ele saía sempre rapidamente da sala de aula. Para ele aquilo era uma atitude cobarde mas preferia isso a arriscar-se a beijar Hermione à frente de todos. Por estranho que parecesse a hora do castigo chegou mais rápido do que ele pretendia, ainda não se sentia preparado para estar, muito provavelmente, sozinho com Hermione.

Depois do jantar ele foi para a sala da McGonagall para saber qual seria o seu castigo, ele rezava internamente para que o seu castigo fosse separado do de Hermione. Quando chegou perto da porta percebeu que esta estava aberta, provavelmente McGonagall já o esperava. Ao entrar na sala percebeu que Hermione já se encontrava lá de pé em frente à secretária da professora. Ele entrou fechando a porta atrás de si e foi colocar-se ao lado de Hermione, mantendo o máximo de distância dela que pudesse.

- Agora que os dois já estão aqui vou informar-vos do vosso castigo. – Começou a professora a falar olhando de um para o outro. – Vocês irão para a biblioteca. É necessário arrumar os livros novos que chegaram esta manhã.

Eles apenas confirmaram com a cabeça e saíram da sala. Nos corredores ainda permaneciam vários alunos que tinham terminado de jantar. Eles iam um pouco distantes um do outro, ambos não queriam que todos soubessem que iriam cumprir um castigo juntos.

- Hermione. – Gritou Ron que corria pelo corredor tentando alcançar a namorada.

Ela parou quando o ouviu chama-la e voltou-se para trás. Mais à frente, Draco parou também mas manteve-se virado para a frente. Não sabia porque tinha parado, poderia muito bem seguir para a biblioteca e lá esperar por ela para arrumarem os livros mas ao ouvir Ron chama-la as suas pernas não obedeceram e pararam ali no meio do corredor.

- Afinal qual é o teu castigo? – Perguntou ele olhando pelo canto do olho para Draco.

- Arrumar uns livros novos que chegaram hoje de manhã. – Respondeu ela olhando directamente para Ron tentando esquecer a presença do loiro mais à frente.

- Então não deve demorar muito. Eu espero por ti lá na sala comum. – Disse ele dando-lhe um beijo suave nos lábios e depois continuando o seu caminho pelo corredor.

Draco arrependeu-se mortalmente de se ter virado para o casal no momento em que eles se beijaram. Aquilo tinha mexido com ele, sentiu o sangue ferver e a sua vontade era bater em Ron por ele ter beijado Hermione.

- Mas que raio é que eu estou a sentir, eles são namorados é normal que se beijem e além do mais ela não me é nada para eu ter ficado irritado. – Pensou Draco enquanto voltava a caminhar em direcção à biblioteca, sendo seguido por Hermione um pouco mais atrás.

Alguns minutos depois já se encontravam na biblioteca, que ainda não estava vazia pois alguns alunos ainda se encontravam ali. Draco foi até Madame Pince e esta indicou-lhe que os novos livros se encontravam no fundo da biblioteca. Ele seguiu até lá e sem palavras apenas olhou para Hermione e fez um pequeno sinal com a cabeça para que ela o seguisse.

Já estavam há cerca de uma hora a arrumar os livros quando repararem serem os únicos que ainda permaneciam na biblioteca. Mas mesmo assim permaneceram um em cada ponta da estante, quanto mais longe estivessem um do outro melhor seria, menos hipóteses teriam de fazer alguma estupidez.

- Malfoy – Chamou Hermione sem sequer olhar para ele.

- Diz.

- Será que podes segurar aqui na escada para eu colocar este livro lá em cima? – Disse ela apontando para a prateleira mais alta.

Ele não disse nada, apenas seguiu até à escada segurando-a. Hermione começou a subir com o livro na mão mas ao esticar-se mais um pouco para colocar o livro na prateleira desequilibrou-se e caiu para trás. Draco ao ouvir o pequeno grito que ela deu olhou para cima a tempo de a ver cair e com os bons reflexos que tinha conseguiu agarra-la antes que ela caísse no chão. Draco com o peso da morena caiu para trás e Hermione ficou deitada em cima dele.

- O… Obrigada. – Gaguejou ela olhando-o nos olhos.

- De nada. – Disse ele baixo olhando-a também nos olhos.

Ficaram alguns segundos a olharem-se e depois sem que eles percebessem já se estavam a beijar. Diferente do primeiro beijo deles, este não começou tranquilo, ambos pareciam necessitar daquilo como precisavam de respirar. Draco mudou de posição ficando por cima de Hermione e ela não parecia ter reparado nessa mudança. O beijo ficava cada vez mais exigente, as línguas exploravam a boca um do outro mas depois separam-se por falta de ar.

- Temos de arrumar o resto dos livros. – Disse Hermione com a voz fraca mas já recuperando um pouco da sanidade.

- Esquece os livros. – Disse ele antes de voltar a beija-la.

Draco começou a explorar o corpo dela enquanto descia os beijos para o pescoço. Ela não conseguiu segurar um gemido baixo ao sentir os lábios do loiro no seu pescoço e a mão dele na sua coxa. Draco sorriu ao ouvi-la gemer e continuou com os beijos e as carícias. Ele subiu a mão pela lateral do corpo dela chegando à gravata e começou a tira-la sem parar de beijar e mordiscar o pescoço de Hermione. Ao longe o relógio da torre do castelo tocava as doze badaladas da meia-noite e isso pareceu despertar Hermione do seu transe.

- Pára. Eu tenho de ir. – Disse ela com a voz rouca segurando mais um gemido e tentando empurrar o loiro.

Ela conseguiu tira-lo de cima de si levantando-se e saindo de perto dele o mais rápido que conseguiu. Draco ficou alguns segundos tentando perceber o que tinha acontecido e chegou à conclusão que já mais nada importava a não ser tê-la para si. Então ele correu atrás dela e conseguiu alcança-la já quando ela estava quase em frente ao quadro da Mulher Gorda.

- Hoje não vou parar por aqui. – Disse ele segurando-lhe o pulso e virando-a para si.

(Continua)