Eu recuso-me terminantemente a chamar este estúpido caderno de diário (coisa mais gay), isto é apenas um caderno idiota onde eu escrevo o que não posso contar a mais ninguém. Afinal se eu contasse a alguém o que neste momento estou a pensar acho (ou melhor tenho a certeza) que me internariam em São Mungo e nunca mais saia de lá.
E agora perguntas (estupidez o caderno a fazer perguntas, enfim)… Afinal em que estás a pensar? E eu respondo… Na Granger. Esse não é um bom motivo para ser internado? É claro que é, até eu não tenho dúvidas disso. E ninguém teria dúvidas de que estou a ficar maluco se soubessem o conteúdo dos meus pensamentos (como se ter aquela pessoa no centro dos meus pensamentos já não fosse péssimo).
Ainda para mais agora que estou aqui deitado na minha cama em Slytherin é que esses pensamentos não me saem da cabeça. Não me achem um pervertido, afinal sou homem e aquela Granger… Meus Deus quando é que ela ficou assim? Aquelas pernas, aqueles lábios, aquela cintura fina… Tudo… Tudo na Granger me estava a deixar louco. E todos estes pensamentos porquê? Simples porque eu tive a infeliz ideia (ou melhor o meu corpo teve a infeliz ideia) de agarrar a Granger para que ela não caísse de nariz no chão… Resultado? O perfume dela não me sai da cabeça (e se fosse só o perfume).
Ahhhhhhhhh (tentativa inútil de tentar simular um berro neste caderno idiota). Eu preciso é de um banho, um banho bem gelado.
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Draco levantou-se da cama e escondeu o seu caderno debaixo do colchão, não sem antes lhe colocar um feitiço para que ninguém o abrisse. Tirou a camisa já meia aberta e as calças seguindo para o wc apenas de cueca. Entrou fechando a porta atrás de si e por instantes olhou-se ao espelho.
- Ah eu não acredito nisto. – Resmungou ele para si próprio olhando para a cueca.
O loiro tirou a única peça de roupa que faltava entrando na banheira. Ligou o chuveiro arrepiando-se com a água fria que escorria pelo seu corpo, mas parecia que nada adiantava, a Granger não saia dos seus pensamentos. Draco deixou-se ficar mais alguns minutos em baixo da água até que começou a sentir um pouco de frio. Desligou o chuveiro e pegou na toalha para se secar. Saiu para o quarto onde vestiu uma cueca e de seguida, ainda com os cabelos molhados deitou-se na cama.
Draco deu voltas e mais voltas na cama mas não conseguia adormecer. A sua imaginação já ia a mil e não o deixava dormir. Desistiu e por isso procurou o seu caderno debaixo do colchão e começou mais uma vez a escrever.
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Raios aquela Gryffindor idiota não me sai da cabeça e ainda para mais faz-me ter pensamentos que não devia ter (quer dizer todo o homem tem mas não devia ter pensamentos destes com ela). Mas porque raio é que eu estou a ter pensamentos eróticos com a Granger? Por favor alguém que me interne antes que eu faça algum disparate (e com isto quero dizer: deixar de pensar e partir para a acção).
O melhor é mesmo eu tentar dormir, acho que ainda tenho ali um pouco da poção de sono sem sonhos que usei este verão (para apagar certas coisas horríveis da minha mente durante a noite, e com coisas horríveis quero dizer: guerra). Adeusinho.
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Draco fechou o caderno e depois de o colocar sobre um feitiço voltou a coloca-lo debaixo do colchão. Levantou-se e foi até à sua mala buscar a poção. Não precisou de a beber toda, bebeu apenas o suficiente para conseguir adormecer. Em seguida voltou a deitar-se e não demorou muito para adormecer.
(Continua)
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